Rede da Galp para abastecimento de carros eléctricos está “subutilizadíssima”

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Foto: Miguel Madeira

O presidente executivo da Galp mostrou-se hoje desiludido devido ao facto da rede de abastecimento eléctrica estar “subutilizadíssima” por não haver carros eléctricos.

Manuel Ferreira de Oliveira, que falava aos jornalistas à margem da apresentação de um projecto de mobilidade híbrida com a Toyota, afirmou que “não existem carros eléctricos” para a rede da Galp, acrescentando que a empresa se empenhou “como distribuidor para uma rede que não funcionou”.

Ferreira de Oliveira referia-se ao projecto Mobi.e, um programa do anterior Governo que pretendia lançar a circulação de carros eléctricos em Portugal.

Relativamente ao projecto com a Toyota e o Instituto Superior Técnico, em que foram feitos ensaios durante três anos do modelo híbrido (gasolina e electricidade) do Toyota Prius Plug-In, Ferreira de Oliveira afirmou que as diferentes fontes de energia “não concorrem entre si”, pelo que a Galp quer “apenas servir os clientes a preços competitivos e sustentáveis em termos ambientais”.

Poupanças muito elevadas

O projecto de mobilidade eléctrica, um dos únicos na Europa e no mundo, iniciado em Outubro de 2009 e terminado agora, compreendeu a utilização do modelo híbrido da Toyota durante três anos para testar todas as vertentes de utilização deste tipo de automóvel.

A intenção era identificar ganhos energéticos e ambientais, verificar a adaptabiliadde da tecnologia nas cidades portuguesas e identificar barreiras e constrangimentos.

Para testar tudo isto, foram entregues três Toyota Prius Plug-In a colaboradores da Galp durante três anos, localizados nas áreas da Grande Lisboa, Porto e Sines.

Entre outros resultados, o estudo (realizado pelo Instituto Superior Técnico) chegou à conclusão que, em termos de energia, quando comparado com um carro a gasóleo convencional, se chegou a uma poupança superior a 30%, enquanto relativamente às emissões de CO2 se atingiu uma poupança de mais de 40%.

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