Nova plataforma online reúne dados da Serra da Estrela dos últimos 30 anos

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O novo programa vai possibilitar a localização de todas as áreas já reflorestadas na serra Paulo Ricca

Saber onde estão as áreas já reflorestadas na Serra da Estrela é um exemplo daquilo que pode fazer um novo programa de informação geográfica, o GeObserver, que reúne dados dos últimos 30 anos sobre meteorologia, fauna, flora e demografia.

A ideia surgiu de Paulo Silva, 36 anos, um estudante da licenciatura em engenharia de software na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, que já colabora com a Associação dos Amigos da Serra da Estrela (ASE) há mais de 20 anos e há três que faz parte da direcção. Da sua experiência encontrou “uma necessidade, à qual podia dar resposta.”

Existem diversas entidades que actuam na Serra da Estrela, mas até agora “não cruzavam a sua informação”, disse Paulo Barbosa da Silva, responsável pelo projecto.

O GeObserver pode ser uma resposta para as várias entidades que “pretendam defender, preservar, estudar e investigar a serra”, já que o programa reúne dados recolhidos nos últimos 30 anos sobre meteorologia, fauna, flora, hidrografia, elevação, edifícios e demografia.

“Neste momento, por exemplo, colaboramos com o projecto ‘um milhão de carvalhos para a Serra da Estrela’, acrescentou Paulo Silva. Com este software vai ser possível registar e localizar todas as áreas já reflorestadas, bem como toda a sua evolução histórica, ao longo dos últimos 30 anos. Foram necessários 12 técnicos, da ASE, para “alimentar o sistema”, referiu.

Paulo Barbosa da Silva acredita que este pode ser um “instrumento preponderante na gestão do território da Serra da Estrela”, dado que todo um vasto conhecimento estará concentrado numa única plataforma. Com isto, todas as instituições da conservação do Ambiente e outras organizações, vão ter acesso a toda a informação recolhida localmente da serra.

O programa está em fase de testes e deverá estar online até ao final de Agosto, sem qualquer custo, para entidades privadas e públicas, e o financiamento foi todo disponibilizado “dentro da ASE.” O projecto conta com o apoio de várias entidades, como o Centro de Interpretação da Serra da Estrela, a Associação Florestal da Encosta da Serra da Estrela (URZE) e a Universidade da Beira Interior (Covilhã).

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