Consórcio quer construir a maior central solar do Japão

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Como consequência do sismo e tsunami de 11 de Março, apenas está a funcionar um dos 54 reactores nucleares do Japão Carlos Barria/Reuters

Quando o Verão chegar, o Japão terá todos os seus 54 reactores nucleares parados, uma consequência da catástrofe de Fukushima. Para evitar a falta de electricidade, um consórcio de empresas nipónicas anunciou que vai construir a maior central solar do país.

O grupo Kyocera vai fornecer os painéis fotovoltaicos para esta instalação de 70 megawatts, que começa a ser construída em Julho na província de Kagoshima, no Sudoeste. O projecto conta com a ajuda da empresa de indústrias pesadas IHI e do Banco Mizuho.

A superfície da central solar (1,27 milhões de metros quadrados) equivale à de 27 campos de futebol e terá um custo estimado em 235 milhões de euros.

A central será explorada por uma empresa, a criar pelos membros do consórcio, que venderá a energia produzida à companhia de electricidade regional Kyushu Electric Power. Esta será suficiente para alimentar cerca de 22.000 fogos.

Actualmente, o Japão tem em mãos um problema de falta de electricidade por causa da suspensão de 15 reactores nucleares logo a seguir ao sismo e tsunami de 11 de Março de 2011 e ao facto de os restantes continuarem desactivados para manutenção. Dos 54 reactores, apenas um está em funcionamento e este vai fechar a 5 de Maio.

Antes do acidente de Fukushima, o nuclear era responsável pela produção de 25% a 30% da electricidade consumida no país. Até agora, o problema tem sido limitado com estratégias de poupança de energia e com o aumento do recurso às centrais térmicas.

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