China não vai cooperar com a taxa de carbono da UE

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Os argumentos dos europeus são recusados por 26 dos 36 membros da Organização da Aviação Civil internacional PÚBLICO/arquivo

A China informou nesta quinta-feira que não vai cooperar com a taxa de carbono da União Europeia, segundo a qual, a partir de 1 de Janeiro, as companhias aéreas passam a estar sujeitas a limites de emissões de CO2 por ano.

“A China não vai cooperar com a União Europeia em relação ao ETS” (comércio de troca de emissões”, disse Chai Haibo, secretário-geral adjunto da China Air Transport Association (CATA), organismo que reúne as principais companhias aéreas chinesas, entre as quais Air China, China Southern Airlines, China Eastern Airlines e Hainan Airlines.

“A CATA, enquanto representante das companhias aéreas chinesas, está firmemente contra a má prática europeia (que consiste em) obrigar, unilateralmente, as companhias internacionais a entrar no ETS”, acrescentou Chai Haibo.

Com esta taxa, para combater as alterações climáticas, instaurada desde 1 de Janeiro todas as companhias aéreas a operar na União Europeia ficam sujeitas a limites de emissões de dióxido de carbono (CO2) por ano. Se forem ultrapassados, as empresas terão de comprar licenças de poluição no mercado europeu de carbono.

“A China está contra esta legislação unilateral da UE”, disse também hoje o porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hong Lei, acrescentando que “numerosos países” também são desfavoráveis a esta medida. “Esperamos que a UE resolva esta questão de forma prudente e pragmática”, acrescentou.

As companhias aéreas norte-americanas denunciam que esta é uma medida discriminatória e apresentaram um recurso num tribunal na Grã-Bretanha. Mas os seus argumentos foram rejeitados pelo Tribunal Europeu de Justiça.

Os argumentos dos europeus são recusados por 26 dos 36 membros da Organização da Aviação Civil internacional (OACI), nomeadamente pelos Estados Unidos, China e Rússia.

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