Abate ilegal de rinocerontes bateu recordes na África do Sul

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Actualmente, das cinco espécies de rinocerontes, três estão criticamente ameaçadas de extinção Tobias Schwarz/Reuters/arquivo

Este ano já foram abatidos 341 rinocerontes por caçadores furtivos na África do Sul, um número recorde em relação ao ano passado, que acabou com 333 animais mortos, alerta a organização ecologista WWF.

Este ano já foram abatidos 341 rinocerontes nos parques nacionais da África do Sul; no ano passado, o número foi de 333, revela a WWF (Fundo Mundial da Natureza). Até 2005, eram abatidos em média 36 rinocerontes por ano.

Na semana passada, esta organização alertou para a extinção do rinoceronte de Java no Vietname. “O rumor infundado de que o corno de rinoceronte pode curar o cancro pode ter ditado o destinado do rinoceronte de Java no Vietname”, comentou Christy Williams, especialista da WWF na Ásia. “Este mesmo problema está a afectar outras populações de rinocerontes na África e no Sul da Ásia”, acrescentou.

A África do Sul tem sido o ponto focal da caça ilegal porque tem as maiores populações de rinocerontes do planeta. Os esforços para a aplicação da lei têm levado a mais detenções. Mas ainda assim, a procura por produtos de medicina tradicional com corno de rinoceronte continua a aumentar na Ásia. “Apesar de uma moratória ao comércio, no âmbito da CITES, o corno de rinoceronte continua a ser traficado ilegalmente da África para a Ásia”, comenta a WWF, em comunicado.

A organização defende, então, que “para acabar a rede do comércio ilegal, os governos dos países de origem, trânsito e consumidores devem aumentar os seus esforços”.

Actualmente, das cinco espécies de rinocerontes, três estão criticamente ameaçadas de extinção.

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