Investigadores detectam metais pesados em pinguins na Antárctida

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Uma das espécies estudadas foi o pinguim-de-Adélia Steve Morgan/Reuters

As penas de três espécies de pinguins na Antárctida têm vestígios de vários metais pesados, alerta um estudo de investigadores espanhóis, publicado recentemente na revista “Environmental Pollution”.

A Antárctida é normalmente considerada uma das regiões do planeta mais intocadas pelas actividades humanas. Mas um estudo da Universidade de Múrcia mostra que isso pode não corresponder bem à verdade.

Uma equipa coordenada por Silvia Jerez e Miguel Motas analisou as penas de 207 pinguins-de-Adélia (Pygoscelis adeliae), pinguins-de-barbicha (Pygoscelis antarcticus) e pinguins-gentoo (Pygoscelis papua), em oito locais diferentes da Península antárctica, e encontrou concentrações de metais pesados como o chumbo, cádmio, níquel, cobre, zinco, arsénio e alumínio.

De acordo com o estudo, os níveis mais elevados de vários metais foram encontrados na Ilha King George e na Ilha Deception, situação que os investigadores justificam com a maior presença humana a nível local – quer pelo turismo quer por actividades científicas em curso - e com uma ameaça mais global, a través do transporte de poluentes vindos de outras partes do mundo.

Os investigadores lembram que a contaminação encontrada na Antárctida é semelhante àquela encontrada em outras regiões do planeta, à partida mais poluídas.

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