Greenpeace veste-se de baleia e protesta contra exploração de petróleo no Brasil

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A Greenpeace pede uma moratória à exploração de petróleo na região de Abrolhos Sergio Moraes/Reuters

Protestar contra a extracção de petróleo dentro do Parque Nacional Marinho de Abrolhos, Brasil, levou ontem activistas da Greenpeace a vestirem-se de baleias sujas de combustível, na sede da companhia petrolífera Perenco, no Rio de Janeiro.

A organização ecologista já tinha apelado à multinacional franco-britânica para aderir a uma moratória de 20 anos à exploração de petróleo em 93 mil quilómetros quadrados em Abrolhos.

No entanto, “na ausência de resposta” da empresa, as “baleias foram pessoalmente ao edifício sede dos escritórios da companhia, no Rio de Janeiro, para relembrá-la da proposta”, contam os activistas em comunicado.

Os activistas vestidos de baleia foram recebidos por outros activistas disfarçados de funcionários da Perenco que os atingiram com jactos de líquido preto, imitando petróleo. Com faixas e cartazes com os dizeres "Perenco, deixe as baleias namorarem", o protesto, que sujou de tinta o hall de elevadores daquele edifício, contou com o apoio das pessoas que estavam no prédio, conta o jornal “Folha de São Paulo”.

A região de Abrolhos alberga "mais de 1300 espécies de aves, tartarugas, peixes e mamíferos marinhos, entre as quais, 45 em risco de extinção" e é a região de maior biodiversidade da região sul do Atlântico. "Os seus recifes de corais, os maiores e mais exuberantes do Brasil, e seus extensos mangais contribuem para fazer desta a zona mais importante de pesca no Estado da Baía", salienta a Greenpeace, em comunicado.

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