Incêndio põe em alerta laboratório de investigação nuclear nos EUA

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O fogo, ontem à noite, aproximava-se do complexo de Los Alamos Foto: Craig Fritz/Reuters

O incêndio que deflagrou domingo no estado norte-americano do Novo México chegou hoje às instalações do Laboratório Nacional de Los Alamos, unidade militar de investigação nuclear. No Nebrasca, duas centrais debatem-se com inundações.

O fogo, que consumia floresta, atravessou hoje a estrada e chegou ao Laboratório. Este revela que os bombeiros conseguiram conter um foco de incêndio numa “zona remota” do complexo, com a ajuda de helicópteros.

“Não detectámos qualquer fuga de contaminantes e não existem mais nenhuns focos de incêndio nesta unidade. As infra-estruturas não enfrentam nenhuma ameaça imediata e todos os materiais nucleares e perigosos estão bem protegidos” em contentores de aço e betão no subsolo, garante, em comunicado, o Laboratório.

De momento, a Agência de Protecção do Ambiente norte-americana está a monitorizar a qualidade do ar no local. As instalações permanecem encerradas.

O incêndio, que continua por controlar, já consumiu cerca de 20 mil hectares de florestas a Sul e a Oeste do Laboratório Nacional. Segundo o jornal “New York Times”, 30 casas foram destruídas e as linhas eléctricas e de telefone estão cortadas, bem como a estrada NM4. As causas do fogo estão a ser investigadas. Vários dos habitantes da cidade de Los Alamos estão a procurar refúgio no edifício sede dos bombeiros em La Cueva.

O Laboratório Nacional de Los Alamos, onde hoje trabalham cerca de 12 mil pessoas, foi criado em 1943 para conceber e construir uma bomba atómica. Hoje, estuda soluções para garantir que os Estados Unidos não precisam de realizar testes nucleares subterrâneos. Entre as áreas de investigação estão os sistemas de energia alternativos, supercondutividade, bioinformática, ciências da Terra, química e computação.

Central nuclear do Nebrasca garante que equipamento vital está seguro

Mais a Norte, no estado do Nebrasca, o problema não é o fogo mas sim a água. Duas centrais nucleares tentam defender-se da subida no rio Missouri, depois de fortes chuvas.

Ontem, Gregory Jaczko, da Comissão de regulação nuclear norte-americana, visitou a central de Fort Calhoun, isolada pela água, e garantiu que os equipamentos vitais – como os geradores e sistemas de bombagem - estão seguros, noticia o jornal “New York Times”. A situação, disse, está controlada.

Na central de Cooper, perto de Brownville, no mesmo estado, também a situação estará controlada.

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