Número de mortos duplica em Moscovo

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A concentração de monóxido na capital russa supera em muito os valores recomendados Alexander Demianchuk/Reuters

O número de óbitos duplicou em Moscovo, deixando as morgues à beira da ruptura, anunciou ontem o director dos serviços de saúde da capital, atribuindo a situação à vaga de calor e à bruma que há vários dias envolve a região ocidental da Rússia.

Acusado de esconder a gravidade da situação, Andrei Seltosovski deu ontem uma conferência de imprensa, revelando que “o número diário de mortes aproxima-se das 700” quando em situação normal não vai além dos 380. Pela terceira semana consecutiva, as temperaturas na cidade rondam os 40 graus – uma vaga de calor que o chefe dos serviços meteorológicos, Alexander Frolov, garantiu ontem ser “a pior em mais de mil anos”.

Ao calor junta-se a poluição provocada pelos centenas de incêndios que consomem floresta e turfa (combustível formado por matérias vegetais), 40 dos quais só na região de Moscovo.

Ontem, a concentração de monóxido na cidade era mais do dobro dos níveis máximos recomendados, depois de no sábado ter atingido valores recorde (sete vezes o permitido).

E a situação pode ainda agravar-se, já que há várias instalações militares e nucleares ameaçadas pelas chamas. Entre elas está o centro de tratamento de resíduos nucleares de Maiak, nos Urais (Leste), revelou a AFP.

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