EUA querem multas maiores para derrames

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A mancha continua a espalhar-se Daniel Beltra/Greenpeace/Reuters

No dia em que se soube que uma falha no sistema hidráulico da plataforma da BP esteve na origem da maré negra ao largo da Luisiana, a Casa Branca propôs uma lei para aumentar as multas por responsabilidade em derrames de petróleo em alto-mar.

O projecto de lei propõe que o tecto máximo para as indemnizações passe de 500 milhões para 750 milhões de dólares (de 396 milhões para 594 milhões de euros). "Estamos a negociar o número final com o Congresso", disse a conselheira da Casa Branca para a energia e o clima, Carol Browner, citada pelo diário norte-americano The New York Times.

O lógico seria que a futura lei viesse a ser aplicar apenas a casos futuros, mas a Casa Branca pede que tenha efeitos retroactivos sobre o caso da maré negra das últimas quatro semanas, considerada a pior da história dos Estados Unidos. A legislação em vigor remonta há já 20 anos.

Os resultados da investigação para apurar as causas da explosão na origem da maré negra no golfo do México foram ontem revelados numa audiência do Congresso norte-americano: o mecanismo de segurança que deveria vedar a plataforma Deepwater Horizon em caso de pressão súbita falhou por causa de um problema hidráulico.

"Esta catástrofe parece ter sido causada por uma calamitosa série de falhas operacionais do equipamento" explorado pela BP, afirmou o presidente do Comité para a Energia e Comércio da Câmara dos Representantes, Henry Waxman, citado pelo New York Times. "Se a maior companhia petrolífera do mundo tivesse sido mais cuidadosa, onze vidas poderiam ter sido poupadas e as nossas costas protegidas", advertiu.

Quatro semanas depois do acidente, a mancha continua a espalhar-se e o poço continua a libertar 800 mil litros de crude por dia.

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