Berlim vai compensar a poluição causada pelas viagens dos membros do seu Governo

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A União Europeia quer aumentar para 20 por cento o contributo das energias renováveis Wolfgang Rattay/Reuters (arquivo)

O Governo alemão anunciou ontem que vai compensar as emissões de CO2 (dióxido de carbono) das viagens dos seus ministros e colaboradores investindo em projectos de combate às alterações climáticas. Berlim anunciou hoje que já atingiu os seus objectivos de Quioto, com quatro anos de avanço.

Esta medida, que entrou ontem em vigor, abrange as deslocações dos colaboradores dos ministérios, da chancelaria e dos serviços do Presidente, precisou o Ministério do Ambiente.

O Estado prestará ajuda a projectos em países em vias de desenvolvimento, especialmente na África e Ásia. Esta nova legislação tem um efeito retroactivo e diz respeito a todas as viagens efectuadas desde o início de 2007.

Esta dinâmica de compensação de emissões está a tornar-se comum junto de organismos que preferem compensar as suas emissões em lugar de as reduzir. A poucos dias da abertura da conferência das Nações Unidas sobre o clima, em Poznan, Polónia, (de 1 a 12 de Dezembro) são já vários os críticos dos benefícios deste sistema para o clima.

A chanceler alemã Angela Merkel, que fez da luta contra o aquecimento global um dos seus cavalos de batalha, apelou na quarta-feira à União Europeia para manter as suas ambições na matéria, apesar da crise financeira.

A União Europeia fixou como objectivo para 2020: reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa em 20 por cento, em relação a níveis de 1990; aumentar para 20 por cento o contributo das energias renováveis no consumo; e melhorar a eficiência energética em 20 por cento.

Alemanha já cumpre Quioto

O Ministério do Ambiente alemão anunciou hoje que já atingiu, com quatro anos de avanço, os objectivos de redução das emissões de CO2, fixados pelo Protocolo de Quioto.

No ano passado, as emissões alemãs eram 22,4 por cento mais baixas do que em 1990, ou seja, uma meta 2,4 por cento superior ao que lhe foi fixado por Quioto, até 2012.

"Os números mostram o sucesso da polícia alemã de protecção do clima", afirmou o ministro alemão do ambiente, Sigmar Gabriel, citado pelo ministério.

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