Quercus reafirma que opção por Alcochete "é muito complicada" do ponto de vista ambiental
Depois de conhecida a decisão do Governo de estudar a opção por Alcochete para o novo aeroporto de Lisboa, a Quercus lembrou hoje, em comunicado, que esta alternativa "é muito complicada" do ponto de vista ambiental.
Segundo a Quercus, a área em causa confina a Norte e a Sul com a Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo e a Oeste com a Reserva Natural do Estuário do Sado, uma das dez zonas húmidas mais importantes da Europa.
A Quercus considera que, embora deve ser analisada a opção por Alcochete, esta é, à partida, "uma opção muito condicionada por factores ambientais".
A avaliação desta localização "não deve acontecer sem garantir também" a justificação da "necessidade de construção de um novo aeroporto internacional".
A Quercus pede ainda que seja melhor debatida a conjugação com outros projectos, como o TGV, o aeroporto de Beja ou o potenciar do aeroporto do Porto, Francisco Sá Carneiro.
No comunicado, a associação "espera que o Governo pondere de forma responsável as várias opções que estão sobre a mesa, para que a decisão final seja participada e, tanto quanto possível, consensual para a sociedade portuguesa".
Esta manhã, o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, anunciou na Assembleia da República, que o Governo adiou por seis meses a abertura do concurso do futuro Aeroporto Internacional de Lisboa na Ota, prevista para Outubro, para estudar a viabilidade de uma localização alternativa, o Campo de Tiro de Alcochete.